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segunda-feira, 6 de julho de 2009

Festas religiosas

Sou ateu, e particularmente acho a religião um dos fatores que atrasa a evolução da humanidade. A religião tem um papel importante, com suas regras morais e mandamentos, que fazem as pessoas adotarem comportamentos sem os quais não seria possível a vida em sociedade.

Não matarás, não roubarás e não cobiçarás a mulher do próximo são alguns exemplos.

Mas a educação pode substituir a religião nesse quesito. Comprei um excelente livro chamado A Cabeça do Brasileiro (extremamente recomendado), que com uma pesquisa muito bem fundamentada prova isso. Se você não acredita em pesquisas científicas e duvida dessa afirmação, então seja muito feliz com sua ignorância. Veja uma descrição do livro:

Resultado de uma pesquisa que tenta desvendar o perfil do brasileiro. A partir de dados estatísticos de excepcional amplitude, o autor apresenta conclusões que mostram como somos um país ainda conservador e preconceituoso. E faz as seguintes perguntas para pessoas de diferentes grupos sociais: deixar alguém passar à frente na fila é jeitinho, favor ou corrupção? Um empregado deve se dirigir ao seu patrão por "senhor" ou por "você"? Empregados de edifícios devem utilizar o elevador social ou o elevador de serviço? A masturbação é uma prática sexual aceita ou rejeitada? A lista é longa, e a maioria das respostas é oposto do que se imagina, mostrando que o Brasil é complexo, mas não incompreensível.

Essa introdução é só para dizer que não gosto de religião, mas adoro suas festas. Todo ano vou a uma feijoada no dia de São Jorge, e acho muito bonito aqueles altares enfeitados e, principalmente, adoro a comida.

Este ano fui a uma no Santo Cristo, numa comunidade atrás da rodoviária. Fui com minha digníssima (que ficou com medo quando descemos na Leopoldina) e minha sogra. A feijoada estava um espetáculo, preparada por mulheres negras descendentes de escravos durante toda a noite.

As festas da umbanda e do candomblé, apesar de nunca ter ido a uma, também devem ser fantásticas. Muita festa e comida.

Enfim, tenho pena dessas demonstrações públicas de ignorância, mas adoro as comidas.

Agora vamos ao assunto principal dessa postagem: festas religiosas que preciso conhecer.

Os avós de minha digníssima estão morando em Porciúncula, cidade do noroeste fluminense perto de Minas Gerais. No sábado de aleluia um comerciante local assa um boi inteiro na praça, servindo gratuitamente dezenas de comensais. É um ritual bem curioso, um boi inteiro num espeto, preparado dias antes. A cidade inteira (que é bem pequena) participa, muita cerveja e consumida e todos os pecados são perdoados.

Ano que vem, depois que minha linda namorada se apresentar na Paixão de Cristo da igreja São José do Operário*, Ilha do Governador, partiremos direto para lá.

Em Conservatória uma outra festa atrai minha curiosidade. No dia de Santo Antônio, padroeiro da cidade, moradores preparam diversos pratos que são leiloados na praça em frente à igreja. São pernis, galinhas ao molho pardo, tortas, leitões, assados diversos entre muitos outros pratos. O dinheiro arrecadado vai para a paróquia, e os pratos podem ser arrematados por valores módicos, nunca passando de R$20,00. Além disso, uma grande quermesse anima a cidade.

* Não acredito que esqueci de postar as fotos e os vídeos da apresentação da Paixão de Cristo feita pelo GATIG, em que minha digníssima intepretou Salomé. Essa semana faço isso. Antes tarde do que nunca.

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