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quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Para que serve uma livraria? O Rio Disco Clube pede ajuda

Rio Disco Clube pede ajuda

Uma livraria serve para muito mais do que vender livros. Ela é um espaço de encontro, de troca, de aprendizado. É um lugar onde histórias ganham vida, onde o conhecimento circula e a imaginação voa. No caso do Rio Disco Clube, essa função é ainda mais valiosa. Localizado na Praça da Rua Cambaúba, em frente ao Iate Clube, esse sebo não é apenas um ponto de venda de livros e discos, mas também um refúgio cultural, um espaço de resistência em uma região onde o acesso à leitura já é limitado.

A reforma da praça, onde a banca do Rio Disco Clube está localizada, trouxe melhorias para a comunidade. Os carros ficavam estacionados sem deixar passagem para pedestres, agora as baias para os veículo facilitaram a circulação. Espaços públicos bem cuidados são essenciais para o lazer, a convivência e a qualidade de vida. No entanto, é preciso lembrar que uma praça também é lugar de cultura, e cultura não pode ser retirada em nome de reformas. Ao tentar remover o único ponto de venda de livros da Ilha do Governador, estamos não apenas fechando um espaço físico, mas também cerceando o direito à leitura e ao acesso ao conhecimento de muitas pessoas.

O Rio Disco Clube é mais do que uma banca; é um símbolo de resistência cultural em um território onde livros são raridade. É o ponto de partida para jovens leitores, o refúgio de colecionadores, o espaço de troca para quem busca algo além do trivial. Tirar a banca da praça é um golpe contra o acesso democrático à cultura, especialmente em um contexto onde livrarias e sebos são cada vez mais raros.

Defendemos a reforma da praça, mas também defendemos que ela seja um espaço plural, que acolha e valorize a diversidade de usos e necessidades da comunidade. Livros também transformam vidas, e o espaço público deve ser um aliado nessa transformação. Por isso, é fundamental que o Rio Disco Clube permaneça onde sempre esteve, contribuindo para fazer da Ilha do Governador um lugar mais humano, mais rico culturalmente e mais conectado ao futuro.

Que a reforma da praça seja um marco de melhoria, não de exclusão. Afinal, cultura e leitura também são essenciais para a construção de uma cidade melhor. Não deixemos a Ilha perder sua única livraria.

Agora, é a nossa vez de agir! Convidamos todos os amantes da leitura, da música e da cultura a proteger o Rio Disco Clube. Divulgue este texto, compartilhe com amigos e familiares, e fortaleça a importância desse espaço para a nossa comunidade. Siga e curta o perfil no Instagram (@riodiscoclube), espalhe a notícia e mostre ao mundo que a leitura tem seu lugar na Ilha do Governador.

Cada curtida, cada comentário, cada compartilhamento pode ajudar a salvar esse espaço único. Vamos juntos?

Contato do Rio Disco Clube:

WhatsApp: (21) 99112-9892
E-mail: riodiscoclube@yahoo.com.br
Endereço: Rua Cambaúba, 1146, Ilha do Governador, Rio de Janeiro


segunda-feira, 4 de julho de 2022

Ounje Mimo - Comida Sagrada

 

Rose servindo o risoto de camarão. Comem 4 pessoas (R$90)

Quebrando o jejum de quase um ano sem escrever aqui para falar do lugar mais incrível da Ilha do Governador: Ounje Mimo, que em iorubá significa comida sagrada.

A Baiana Rose, que já vende suas delícias no quiosque da Estrada do Galeão perto do Assaí, agora abre as portas de sua casa no Tauá nos finais de semana e feriados. Um quintal, como diz a juventude, instagramável, com decoração colorida que para ser acesso é precisa passar pelo 'portal da tranquilidade'.

A tranquilidade é real, uma rua silenciosa que só dá para ouvir o canto das maritacas e música ambiente de qualidade. No dia em que fui a seleção musical era Tom Jobim entre outras bossas.

O espaço também possui um palco onde acontecem apresentações musicais, dança, saraus entre outras atividades culturais.

A comida é farta e barata, passando por moqueca, risoto, bobó, peixe frito entre outras delícias, sem falar no maravilhoso acarajé, que pode ser servido tradicional ou em porções. Para beber, cerveja e caipirinhas diversas.

Informação importante: tem rede para dar aquela cochilada gostosa depois de encher a barriga.

Ounje Mimo é pura potência, sem dúvida um lugar único no Rio de Janeiro. Visite o quanto antes.

Sábado, domingos e feriados a partir de 12h
Rua Quatis, 166, Tauá, Ilha do Governador



Cardápio de Jul/22


terça-feira, 31 de agosto de 2021

Agosto, mês do desgosto?


     Cresci ouvindo do meu pai que agosto era o mês do desgosto... Ele por sua vez ouviu dos meus avós que ouviram dos meus tataravós uma antiga crença que originou-se antes do descobrimento do Brasil. Agosto era associado ao mês das despedidas, uma vez que as navegações costumavam partir ao final de Julho e os enamorados e recém casados acabavam separados por longos períodos. Os homens que partiam muitas vezes não retornavam ao seio das suas amadas e assim, os casamentos que eram realizados em agosto já traziam consigo um ar pesaroso.

    Já passei por diversos agostos, com muitos gostos e desgostos mas este ano eu decidi dar ao meu agosto a cara que ele merece e decidi assim interromper meu jejum de quase 2 anos sem visitar feiras livres.
 
Agosto, mês da vacina, da liberdade (semi) condicional e do retorno às feiras livres.
 
     Retornei assim à feira que na minha concepção é uma das mais tradicionais da Ilha do Governador, a feira do Cacuia. 

(Fonte da imagem: Ilha Notícias, Facebook)
 
 
    Desde que mudei-me para o Cacuia, a feira tornou-se meu point de visitação aos domingos... E de tanto visitar me tornei conhecida, conhecida pelo rapaz da barraquinha  do paXtel, pela moça da tapioca e pelo tio do chopp, este último infelizmente não tive a oportunidade de reencontrá-lo em minha última visita, visto que faleceu de covid há alguns meses.

    Vale a pena uma parada para degustar o tradicionalíssimo Pastel do Márcio, sempre fresquinho, frito na hora. Dispõe de diversos sabores para agradar todos os paladares. A pimentinha artesanal, disposta em recipientes de alumínio para ser colocada com colher é um sabor a parte pra quem curte uma pimentinha.
    Todos os pastéis têm o mesmo valor R$5,00 (preço em agosto/2021) e pra quem curte caldo de cana, que também é triturada na hora e servida sem parcimônia, é possível fazer a dupla por módicos R$10,00.


   
    Por hábito, acostumei-me a frequentar a barraca que fica no "meio" da feira (há 3 tendas, uma em cada ponta da rua e uma localizada quase que no meio).
 
    Guarde lugar pra degustar uma tapioca supimpa! Ali quase em frente, tem a tendinha da Tapioca Master. 
    De todas as tapiocas que já experimentei nessa feira, super indico a Tapioca Master. São vários sabores, entre salgadas e doces, com os diferentes queijos que também estão a venda no local. A goma da tapioca fresquinha e peneirada na hora também pode ser comprada por R$5,00 (meio quilo) e R$8,00 (Um quilo). Excelente pedida também pra quem quer cozinhar em casa.
 
 
Sempre peço a tapioca de queijo temperado com orégano. Custa R$8,00
 
    Por fim, porém não menos importante, meu rolê gastronômico pela feira sempre termina no chopp!
    Uma nova tenda inaugurou, oferecendo chopp claro e escuro de boa qualidade e barato.

    Trata-se do chopp Donzela, oferecido em copos de 300ml e 500ml. Quem passa pela barraca também está convidado a sentar em uma das mesinhas (duas) que estão dispostas ao lado dos barris e junto ao chopp comer um tira-gosto que varia desde ao bolinho de bacalhau até ao croquete de camarão e sardinha frita na hora.
 



    Confesso que essas iguarias não experimentei, porém o chopp está testado e aprovado. Dá pra sentar, pedir quantos copos sua bexiga aguentar enquanto observa o movimento, conversa com algum amigo ou encontra conhecidos.

A feira do Cacuia acontece todo domingo, das 06:00h às 14:00h, na rua Sargento João Lopes.
 
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    Ao contrário de muitos leitores aqui deste blog, sou insulana há módicos 11 anos mas passei a amar cada parte dessa Freguesia de Nossa Senhora da Ajuda desde que aqui pisei.
    
    Por essas linhas quero trazer devaneios de quem tanto já leu o Ilhados e tornou-se assim amiga do Isidoro, quero trazer o meu olhar sobre essa Ilha e falar dos lugares que eu aprendi a  apreciar.
    
    Não tenho nem de longe a estética de linguagem de outros escritores, (típico de pessoas perfeccionistas como eu), na verdade estou só me aventurando, então não esperem nada além do meu melhor.

Com amor,
Conceição

sábado, 22 de agosto de 2020

O que quer dizer Guarabu?

Estou com um canal no Youtube, o 21 Gramas. Neste vídeo, falo o que significa Guarabu, um dos morros da Ilha do Governador.

Aproveita e se inscreve no canal.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Retirem a Concessão da Paranapuan

Quem frequenta a Ilha do Governador sabe o quanto é ruim o serviço prestado pela Paranapuan. Ônibus velhos, sem licença e condições de circulação e que demoram uma eternidade para passar.

Por isso vamos assinar e divulgar essa petição solicitando a retirada da concessão desta empresa:




Há décadas, a população da Ilha do Governador vem sofrendo com a péssima prestação de serviços de transporte rodoviário da Viação Paranapuan.
Ônibus em péssimo estado de conservação, bancos e janelas soltas, faróis queimados, pneus carecas, longo tempo de espera por parte dos passageiros, canibalização das composições e acidentes constantes.
Em 2013, um gravíssimo acidente na ponte de saída da Ilha foi provocado por um motorista da empresa, que brigou com um passageiro e o coletivo despencou da ponte na avenida Brasil, matando 7 passageiros.
Em março deste ano, outro motorista da empresa, atropelou e matou um fiscal da CET-Rio, que fazia a ocorrência de um acidente que envolvia exatamente o coletivo da Paranapuan e um carro particular, quando o funcionário da mesma, irritado com o flagrante, subiu e arrancou com o ônibus, atropelando e matando o fiscal no cumprimento de seu dever.
Finalmente na última segunda-feira, 13/07, uma roda de um dos ônibus se soltou e atingiu um comerciante em São Cristóvão. A vítima, de 64 anos de idade, teve múltiplas fraturas, foi internado em estado grave, e veio a óbito na última sexta-feira.
Nós que vivemos na região, não sabemos mais a quem recorrer, depois de tantas e tão graves ocorrências e a falta de atitude do poder público, que limita-se a advertir e multar, mas não autoriza a entrada de uma nova empresa na região, capaz de suprir a carência e prestar um serviço minimamente aceitável à população.

Na última semana, fiscais do Procon estiveram na garagem da companhia e lacraram 26 dos 35 ônibus que lá estavam. Porém, esta redução é ainda mais grave e pune a própria população do bairro, pois se com a frota completa o transporte já é precário, sem várias das composições a carência só aumenta.
Em janeiro, um aumento absurdo foi concedido pela prefeitura, forçando o passageiro a pagar 3,40 para andar numa carroça como essa, que além de desconfortável deixa o usuário em pânico só de subir. Queremos uma solução definitiva para o problema!

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Bar Imperial - Empório Cervejeiro

Nota de esclarecimento. A versão original desta postagem está logo abaixo da marcação.

Bar Imperial - Empório Cervejeiro - Ilha do Governador
Esta cidade está fora de controle. Quem não conhece alguém que teve que se mudar por conta do aumento absurdo do aluguel? Quem não teve a renda brutalmente atingida porque encarou o reajuste para não ter que sair da casa?

Remoções violentas estão sendo realizada pela prefeitura, casas de famílias que habitam o mesmo lugar há anos são destruídas para dar lugar a estacionamentos e condomínios. Nenhuma idenização é oferecida à essas pessoas.

Estabelecimentos históricos, com grande ligação com a história do bairro, não suportam mais pagar o preço e fecham ou mudam de lugar.

Não moro mais na Ilha, atualmente estou na Região Portuária, no centro do chamado Porto Maravilha, e recentemente o Restaurante 28 baixou as portas para não mais levantá-las pelos motivos acima. Patrimônio da cidade, ostentava uma placa ofertada pela prefeitura na qual se lia o valor histório do estabelecimento para o Rio.

Os exemplos são muitos, poderia ficar aqui escrevendo sobre outros lugares queridos, com os quais a população mantinha forte vínculo afetivo, que gradativamente estão sofrendo com, o que alguns chamam, de gentrificação ou aburguesamento.

Minha companheira é doutoranda em antropologia e estuda o fenômeno. Isso é assunto diário de conversas dentro de casa, mas não é preciso ser pesquisador para percebe o processo. É tudo visível, acontece diante dos nossos olhos.

Por conta desse histórico, achei que o Bar do Seu Paulo tinha sofrido desse mal. Foi Seu Antônio que me contou que a proprietária tinha pedido o imóvel. A notícia no jornal falando sobre a abertura de um suposto hotel no local ajudou a criar o ruído, fazendo com que acreditássemos que a esquina mais gostosa da Ilha estava passando por esse esquema que está destruindo a cidade. Mas parecece que não foi bem assim.

Mais uma informação chegou, dizendo que quem quis sair foi o próprio Seu Paulo. Foi em um comentário do Marcos Calvano, que reproduzo abaixo. Ainda não sei, mas como recebi uma mensagem do proprietário do Imperial, outro fã da meiota e que também estava na despedida, morador do bairro e que chorou conosco, me convidando para uma cerveja e um bate papo, vou aproveitar a oportunidade para conversar e desfazer esse mal entendido. 

Abrir um comércio hoje é coisa para herói, por isso desejo todo sucesso ao Imperial. Quando estiver na Ilha vou passar lá, finalizando com uma meiota, claro.

Segue comentário do Marcos Calvano:
Bom dia!
Infelizmente não poderei curtir este seu post. Não sei de onde surgiram estas informações, mas estão erradas.
Como morador da Freguesia, vizinho do Bar do Seu Paulo e do Imperial, frequentador e amigo de ambas as casas, informo que Seu Paulino (este é o nome dele) resolveu deixar o imóvel que ocupou por mais de 40 anos por livre e espontânea vontade. Com o falecimento do Sr. João (sócio), a idade avançada e problemas de saúde, Seu Paulo resolver se mudar para um imóvel menor, sem escadas e mais próximo de sua residência. Simples assim!
O que esta escrito acima "Agora sabemos o motivo pelo qual ele foi despejado", beira a irresponsabilidade. Acredito que ambos, Seu Paulino e os amigos do Imperial, fiquem chateados com este declaração. Principalmente pelo fato de não ser verdadeira.
Com a mudança do Bar do Seu Paulo, uma placa de "Aluga-se" foi colocada na porta do bar antigo. Pra mim foi uma surpresa, pois li no mesmo Ancelmo Gois que o imóvel havia sido negociado com o hotel. Outra falácia. O imóvel estava livre para o primeiro que aparecesse!
Te convido, com toda satisfação, a entrar no Imperial e a beber uma cerveja gelada com um de seus deliciosos tira gostos. É por minha conta!
Depois, seguiremos até o Bar do Seu Paulo, inclusive, com os amigos do Bar Imperial, pois eles também são amigos do Seu Paulo e adoram uma meiota. Mas essa parte já ficaria na sua conta.....rsrsrsrs
Aqui, nesta "nova Freguesia", o tradicional e o novo se respeitam!
Um grande abraço!
Obs 1: Não sou sócio de nenhum dos bares, apenas amigo de ambos.
obs 2: Todos os sócios do Imperial estavam na despedida do bar do seu Paulo e lamentavam a mudança.

*************

Texto original da postagem:

Sou empresário e sei o quanto é difícil empreender nesse país. A corrupção está em todas as etapas do sistema e abrir um comércio hoje em dia é coisa de herói. Como se não bastasse isso, o Brasil tem outros problemas, como a falta de respeito à memória e ao patrimônio imaterial do país.

O Bar do Seu Paulo é patrimônio insulano, estava há mais de 100 anos no mesmo local. Quando saiu a notícia de seu fechamento, organizamos uma grande festa de despedida, churrasco e membros da bateria da União fizeram um barulho. Saiu no Ancelmo Gois, aquela esquina ficou pequena e toda a cerveja da casa foi consumida. Foi lindo.

Felizmente Seu Paulo e seu fiel escudeiro Seu Antônio abriram alguns metros a frente e continuam vendendo a famosa meiota, bebida que tive o privilégio de registrar a preparação:



Agora sabemos o motivo pelo qual ele foi despejado: Bar Imperial - Empório Cervejeiro. Nada contra, mas ali eu não entro. Se quiserem me encontrar por aquelas bandas, já sabem onde estarei com um copo de meiota na mão.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Mitos sobre a Ilha do Governador

Alguns mitos sobre o limite do gabarito de três andares na Ilha do Governador:

Reparem nos prédios perto do Aeroporto de Congonhas

Lençol freático: uma espécie de cisterna natural cheia d'água que fica há poucos metros da superfície do solo. Construções muito pesadas afundariam. Existindo ou não o lençol, modernas técnicas de engenharia já permitem a construção nestas regiões. É só dar uma olhada no shopping, estrutura grande e pesada que não poderia ter sido erguida caso este mito fosse verdadeiro.

Aeroporto: regras internacionais permitem a construção de prédios com até 48 metros de altura (11 andares) num raio de 4km do aeroporto. Logo, o gabarito de três andares na Ilha em nada tem a ver com o Galeão.

A imagem acima é de Cumbica, vejam a altura dos prédios. O mesmo acontece em outros aeroportos, como o Salgado Filho, por exemplo.

Abaixo o hotel Linx, que fica no Galeão. Quantos andares ele tem?

Hotel na Avenida 20 de Janeiro com mais de três andares prova que o gabarito da Ilha em nada tem a ver com o aeroporto

A verdade: o real motivo da limitação a três pavimentos tem a ver com a estrutura da região. Prédios mais altos significam mais apartamentos e mais moradores, logo teríamos mais carros e mais gente utilizando os já exauridos sistemas de transporte público. 

Imagina os engarrafamentos e a lotação dos ônibus se houvesse mais gente morando na Ilha, se houvesse o dobro de habitantes.

Por isso sou contra qualquer alteração que permita isso, como o atual Projeto de Estruturação Urbana que está tramitando na prefeitura.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

A volta do Karekas

Quem gosta de se refrescar no verão com suco de cevadis sabe o quanto é difícil achar uma ampola que esteja estupidamente gelada. E neste quesito o Kareka's é campeão. Nunca bebi nenhuma mais ou menos, pode perguntar para qualquer pessoa que frequenta o lugar. Junte a isso um dos melhores pastéis do Rio e pronto, com sede e fome ninguém sai de lá. Principalmente não sai achando que foi roubado com uma conta em surreais, já que os preços são honestos.

A casa deu uma escorregada há pouco tempo, o que fez com que perdesse muitos clientes. Mas ♪♫ para nossa alegria ♪♫ agora está tudo no lugar, e é por isso que escrevo esta postagem, para avisar a todos o atendimento voltou a ser o mesmo que nos conquistou. Já pode chegar e ir pegando a cerveja na geladeira, dando um beijo na Sara e um aperto de mão no Kareka. Peça pastéis, que são do tamanho de travesseiros, fartos no receio.

Outros petiscos que recomendo: picanha suína e costelinha. Certamente um dos melhores bares da Ilha do Governador.


quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Sarau Literário da Colônia Z10


A amiga Rejane é mais que uma educadora, é uma ativista que acredita nas transformação das pessoas através da literatura. Trabalha em diversos projetos de incentivo à leitura com crianças moradoras de áreas de risco, e recentemente ganhou um edital da Funarte para levar seu projeto para a Bahia. 

Antes disso, vai realizar uma atividade na Colônia Z10, com contação de estórias e oficinas de pintura e origami. A atividade é gratuita, domingo, dia 25 de agosto.

Esta é a dica para a criançada. Leve seus filhos, sobrinhos, netos, irmãos etc.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Léa Refeições

A tendência da Praia da Bica são os quiosques temáticos, com um cardápio diferenciado e preços idem, mas felizmente existem alguns que ainda mantêm a simplicidade, oferecendo pratos tradicionais com valores mais modestos. A Léa Refeições é um desses, e possui nas refeições seu carro chefe. Com peixes, churrasquinho misto, arroz, feijão, risotos, carré e outros pratos brasileiros, fornece porções generosos por preços honestos. 

O serviço, aos olhos de muitos, pode parecer que carece de treinamento. Pode até faltar um treinamento formal, do tipo "atendimento ao cliente" do Sebrae, já que a coisa por ali funciona de forma mambembe. Isso não me incomoda, mas algumas pessoas podem não gostar.

Risoto de camarão: R$20

Os preços dos pratos individuais variam entre 15 e 20 reais, já as porções para duas pessoas vão de 30 até 50, em média. Não é uma comida excepcional, é mais voltada para o dia-a-dia mesmo, mas que cumpre bem este papel.

Quiosque Léa Refeições (Praia da Bica)
Tel.: 2466-0751

terça-feira, 23 de julho de 2013

Bar da Amendoeira

Continuo perseguindo a meta de um dia correr uma meia maratona, 21 quilômetros. Estou quase chegando, só não me inscrevi na prova que vai acontecer em agosto por causa da Niemayer. Se fosse uma reta, certamente tentaria, já que semana passada fiz vinte quilômetros sem parar. Até queira fazer um pit stop e dar uma aliviada na Pedra da Onça, mas, com estava cheia de gente, tive seguir o exemplo do Gump e continuar correndo.

O fato é que, com as pernas doendo, precisava sentar um pouco e me reidratar. Passando em frente ao Bar da Amendoeira, vi uma ótima oportunidade para conhecer o local.

No bairro Maria das Graças, um bar homônimo já é bem conhecido da boemia carioca, famoso pela boa comida, pela proprietária que é uma gracinha e está sempre do lado de dentro do balcão, e pela chopeira de bronze, uma raridade. Obviamente, o nome se refere à árvore a fornece sombra em frente aos dois bares.


Na Ilha do Governador (acredito não se tratar de uma filial), o bar passou recentemente por uma reforma. Até tentei parar lá outro dia, mas estava rolando uma roda de samba que me fez continuar o caminho até a Praia da Bica. Desta vez, sem barulho, sentei da varanda em L na esquina da Estrada da Bica com a Rua Ipiru (ui).

No cardápio, clássicos botequinescos como sardinha, pernil, torresmo, frango à passarinho, caldo de mocotó, sarapatel entre outros. Como não estava com fome, tive que escolher um único prato que de certa forma refletisse bem a cultura de botequim. Se este prato estivesse bem servido e gostoso, provavelmente todo o resto seguiria o padrão: moela (R$8,00).


Estava corretíssima, macia como se tivesse sido preparada na panela de pressão, bem temperada e com um molhinho gostoso que caiu muito bem com a cesta de pão. A Brahma veio gelada, por isso, pretendo um dia voltar com mais calma.

Bar da Amendoeira
Esquina da Estrada da Bica com a Rua Ipiru - Jardim Guanabara - Ilha do Governador


quinta-feira, 18 de julho de 2013

Advogado na Ilha do Governador

Advogado na Ilha do Governador

No final do ano passado comprei um celular no Submarino mas não me entregaram. Resumindo: depois de vários contatos sem conseguir resolver o problema, falei com um amigo advogado agora acabou de bater R$1060 na minha conta a título de indenização, além de já ter recebido o aparelho poucos dias depois da audiência em fevereiro.

Eu tinha a impressão de que entrar na justiça era algo complicado e demorado. É verdade, mas não em todos os casos. Estas questões relacionadas ao direito do consumidor são rápidas e simples, realmente vale muito a pena, principalmente quando constituímos um bom advogado, como no meu caso. Assim que eu tiver mais algum problema, não hesitarei em chamá-lo novamente.

O Dr. Vaconcellos fez todo o trabalho, só tive que comparecer à audiência no Fórum do Aterro do Cocotá. Então, se você estiver com algum problema ou procurando um advogado na Ilha do Governador, recomendo entrar em contato com ele: brunoralpo@yahoo.com.br. 



terça-feira, 16 de julho de 2013

Quiosque do Moreno

O Moreno é uma instituição na Ilha do Governador, e dizem que alimentou com seus sanduíches toda a tripulação da esquadra de Cabral assim que aportou na Terra Brasilis. Verdade ou não, minhas lembranças vão até a Praia da Bica ainda ocupada por trailers e com calçada cheia de buracos.

Muita coisa aconteceu desde então: o Moreno tentou a vida política, sem lograr êxito, passou por problemas de saúde que acabaram refletindo na sua vida financeira e recebeu ajuda de um programa de televisão que reformou seu quiosque. Mas uma coisa não mudou: ele continua forrando o estômago da segunda ou terceira geração de jovens que procuram em seu quiosque aquela comida boa e barata. 

Depois da reforma, passou a oferecer uma gama massas, como nhoque, panquecas e pizzas, com sabores e valores (por volta de R$15, um pouco mais ou um pouco menos, dependendo do prato) honestos.

Nhoque à bolonhesa (não lembro o preço, mas foi perto de R$15)
Porção de pastéis
Além disso, porções diversas e os tradicionais sanduíches. O de filé é um dos meus preferidos, também com preço justo.

O que eu acho esquisito lá e a "dose dupla", que custa R$7 quando o chope nos outros dias custa R$4. Propaganda enganosa. Ele te dá um desconto de um real na segunda tulipa e chama de dose dupla.

"Dose dupla" furada do Moreno

Assista embaixo a reforma do Moreno Lanches:


Moreno Lanches
Praia da Bica, quiosque 11 - Ilha do Governador
Telefone: 2462-1711

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Fotos da primeira edição do Vôlei na Praia da Bica

Foi um sucesso a primeira edição do Vôlei na Praia da Bica, que diante da quantidade atividades oferecidas (bumerangue, frisbee, bambolê, peteca e ginástica), foi rebatizado para #ocupaPDB. 

O próximo encontro contará com a participação do Coletivo Amo Vinil, que já faz sucesso na Ilha do Governador tocando rock, MPB, reggae e black music diretamente dos bolachões.

Temos poucas fotos, felizmente a galera se preocupou mais em se divertir do que registrar a festa. Vejam abaixo algumas delas:















quarta-feira, 10 de julho de 2013

Vôlei na PDB - primeira edição


Bebendo na Praia da Bica outro dia, um amigo e eu vimos umas pessoas jogando vôlei. Ficamos com vontade de jogar também e fomos ao shopping comprar uma bola e rede. Se estivéssemos sobreis, certamente não faríamos isso. Enfim...

Próximo sábado, a partir das 10 horas na Praia da Bica, perto do quiosque do Moreno, estaremos expondo nossos dorsos nus e muita habilidade esportiva. Estão todos convidados. O Coletivo Amo Vinil vai colocar o som para animar essa turminha do barulho.

Como será a primeira vez, acho que a rede só estará montada às duas da tarde, mas acredito que até o final do ano a gente consiga terminar a tempo de conseguir jogar pelo menos uma partida.

Meninas, o shortinho da foto é obrigatório. Brincadeira, vocês podem usar os trajes que quiserem, mas a organização do evento apreciaria muito se essa sugestão fosse seguida.

Neste dia daremos início à escolha do Rei e da Rainha Momo da Praia da Bica, evento que só perde em importância para escolha da Miss Jardim Cabuçu.

A Ilha do Governador nunca mais será a mesma. Vem!

Vôlei na PDB
Sábado, 13 de julho, a partir das 10 da manhã
Praia da Bica - perto do quiosque do Moreno

Consulte a página do evento em caso de chuva. 

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Pizzaria Belucci

Atualização (jul/13): voltei outro dia na Pizzaria Belucci. Seguem alguns comentários adicionais.

  • O serviço continua bom. Uma amiga perguntou se tinha pizza sem mussarela e eles logo providenciaram;
  • O "azeite" disponível é um óleo misto com apenas 10% de azeite, sem gosto nenhum. Sacanagem;
  • Os sucos estavam todos muito aguados e doces;
  • Não acho mais a pizza de lá tão incrível quanto da primeira vez que fui, mas continua boazinha.

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Se você, assim como eu, também reclamava da qualidade dos rodízios de pizza na Ilha do Governador, seus problemas acabaram. Outro dia fui na Belucci e saí muito satisfeito.

Com pizzas artesanais (sic), são feitas com ótimos ingredientes em fornos controlados eletronicamente, que colocam a quantidade certa de lenha para manter a temperatura no ponto exato, além de evitar a emissão a mais de fumaça.

A decoração lembra uma cabana montanhesca, toda feita em madeira. Um ambiente muito agradável e com uma boa varanda para a rua. Meia luz e pinturas abstratas e de calmas paisagens, seguindo todas as regras para um restaurante rodízio. Nos estabelecimentos nos quais os clientes pagam pela quantidade de comida o salão é pintado com cores quentes, luzes fortes e pinturas de movimento, como um mar agitado ou animais correndo, tudo para incentivar o consumo. Nas casas a rodízio, o objetivo é fazer o cliente comer menos, por isso tons pastéis, pouca luz e imagens paradas.

As pizzas não são excepcionais, mas são muito gostosas, certamente uma das melhores da Ilha. Massa fininha e crocante e com bastante cobertura e qualidade acima da praticada em outras casas. Sabores diferenciados, incluindo a minha preferida de aliche, impossível de comer em qualquer outro rodízio do bairro. No site eles informam outros sabores, mas que infelizmente não passaram pela minha mesa: cordeiro, linqüiça de avestruz, figo e nozes, strudel, além de calzones diversos.

Imagem publicitária

O rodízio custa R$25,90, pagos na entrada, e inclui bebidas liberadas: refrigerantes da Coca-Cola, água e sucos da fruta. O de goiaba estava muito bom, passei a noite bebendo dele. Outras bebidas, como cerveja da Devassa, são cobradas separadamente.

Fiz valer cada centavo, mas minha digníssima come e bebe pouco, por isso, no caso dela, achei o preço alevado. Poderia ter um esquema de valores diferentes para homens e mulheres.

O único senão ficou por conta das pizzas que pedimos. Apesar dos garçons perguntarem nossos sabores de preferência, a minha de aliche demorou para chegar e a de rúcula que minha digníssima queria não chegou.

Serviço

A Pizzaria Belucci fica na Rua Cambaúba 166, Jardim Guanabara.
Rodízio: R$28,90 com bebidas não alcóolicas inclusas

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quarta-feira, 3 de julho de 2013

Angu à baiana e mocotó do Francisco

comentei aqui em 2009, mas agora cabe uma postagem revisitada e com fotos (jul/13)

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Francisco é paraibano e vende angu à baiana e mocotó há aproximadamente 19 anos. Como vez por outra volto para Ilha de barca, faço uma visita a este nordestino que estaciona sua carrocinha ao lado do Esporte Clube Cocotá.

O angu à baiana é feito com miúdos e vísceras de boi, como coração, pulmão, fígado, bucho, entre outras peças não nobres do animal, por isso é um alimento que requer muito cuidado na preparação. Comer este prato na rua é um risco, mas como meu segundo nome é perigo (putz), não posso ver um panelão que páro logo para verificar seu conteúdo.

O angu do Francisco, assim como seu caldo de mocotó, não tem nenhum problema higiênico. A carrocinha está sempre limpíssima e é perceptível pelo sabor que os ingredientes são escaldados e muito bem limpos. O resultado é um prato de primeira, gostoso e sem risco de vida.

A esposa dele também vende no Cacuia, na esquina da Rua Combu.


Angu à baiana do Francisco
Angu à baiana do Francisco

Francisco e sua carrocinha


Mocotó - Ilha do Governador
Detalhe da carrocinha do Cacuia

Serviço

De terça à sabado
Das 20 horas à meia noite
O copo custa R$4,00, a tijela R6,00 e a quentinha ou prato R$10
Cocotá (ao lado do Cocotá Esporte Clube) e Cacuia (esquina da Rua Combu)

terça-feira, 2 de julho de 2013

Transporte na Ilha do Governador



Quem acompanha este blog cretino sabe que a bicicleta é meu principal meio de transporte. Moro na Ilha do Governador e trabalho no Centro, e faço quase que diariamente este percurso, ida e volta, pedalando. Não estou propondo isso como solução para todo mundo, sei que é uma atividade que requer preparo físico e uma certa experiência, mas foi a forma que achei para depender menos dos péssimos serviços que nos são oferecidos.

A situação tem piorado. Os frescões estão custando nove reais e ainda assim é difícil embarcar, dependendo do ponto ele já passa cheio. Muitas vezes é preciso de digladiar com outros passageiros para conseguir entrar.

A demanda para as barcas também aumentou e tumultos estão se tornando rotina. Atualmente as viagens nos horários de pico possuem mais passageiros do que costumava ter durante o dia inteiro há poucos meses, segundo informação do Barbaca.

Fico penalizado com aqueles que dependem dos "cata-cornos", ou quentões, que além da demora vão superlotados, um verdadeiro martírio.

E o poder público, que deveria resolver a situação, só piora as coisas. As vans em breve serão proibidas de rodar pelo Centro, então já dá para imaginar como ficarão nossas vidas.

De quem é a culpa?

Os principais culpados somos nós, que reelegemos no primeiro turno o atual prefeito da cidade, Eduardo Paes. Ele é conivente com as empresas de ônibus e não possui interesse em mudar esse esquema milionário.

Para quem não sabe, as empresas de ônibus financiam com muito dinheiro a campanha de prefeitos e vereadores. Quando estes se elegem, obviamente não irão contra aos interesses destes empresários. Desta forma, nosso legislativo e executivo fazem tudo para defender o interesse de seus financiadores, e não os da população.

O mundo está cheio de exemplos de grandes cidades que conseguiram resolver o caos do trânsito, mas isso requer acabar com a mamata de algumas pessoas, o que não é conveniente.

Marcelo Freixo, que não recebeu nenhum centavo da Fetranspor, RioÔnibus ou de qualquer outra empresa rodoviária, estava disposto a bater de frente com este esquema corrupto. Sei que fazer isso sem apoio da Câmara dos Vereadores é uma tarefa hercúlea, mas eu estava disposto a ver a briga. Espero que nas próximas eleições ele se consagre prefeito para que a Mui Leal e Heroica Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro veja um futuro melhor para seus habitantes.

domingo, 30 de junho de 2013

Rock Mister Mexico no Governador Iate Clube


A boa das sextas insulanas: rock'n roll ao vivo no Governador Iate Clube. Tá muito bacana, boa música, petiscos gostosos e cerveja gelada à beira mar. Apesar da poluição da Baía de Guanabara, a vista é bonita e a brisa agradável.

A produção tá cuidada, tochas de bambu na entrada, mesas dentro e fora do salão, serviço atencioso e sem couvert. Sexta passada foi a banda 4xRock, tocando clássicos nacionais e internacionais da década de 80. Para acompanhar a programação é só curtir a página do Mister México no Facebook.

Rock Mister México no Governador Iate Clube (perto do Corredor Esportivo)
Toda sexta (verificar horário)
Entrada franca
Estacionamento no local (R$5,00)

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Motoristas da Ideal pedalando pela Ilha do Governador

Como profissional de comunicação, já fiz vários eventos nos quais o objetivo era chamar a mídia. Depois que os veículos de comunicação registravam tudo e iam embora, levantávamos acampamento. O público-alvo dessas ações não eram as poucas centenas de pessoas que circulavam pela rua, e sim as milhares que tomariam ciência do fato pela televisão. Não há nada de errado nisso, mas em alguns casos esse tipo de postura não pode ser tomada e o evento em si tem mais importância do que a cobertura midiática.

No último domingo foi organizado um passeio ciclístico com motoristas da Ideal. A finalidade era fazer com que eles sentissem como é pedalar pelas ruas, estimulando a mudança de postura positiva com relação a nós, que escolhemos nos locomover utilizando pernas sobre duas rodas.

A iniciativa foi da própria empresa, que depois de uma formação em sala de aula para seus profissionais, organizou o passeio em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, responsável pelo transporte cicloviário na cidade (sic). Segundo noticiado em janeiro n'O Dia, 400 motoristas fariam o passeio:

A iniciativa foi noticiada em janeiro

Quando cheguei na garagem da Ideal, por volta das nove da manhã, percebi o repórter da Globo News chateado porque não havia nenhum motorista para ser entrevistado. Puta velha do jornalismo que é, logo identificou que aquilo se tratava de uma ação publicitária, um factóide criado para que a Ideal e a Prefeitura saíssem bem na foto. Fui entrevistado, mas meu objetivo não era, de forma alguma, atacar a iniciativa, era apenas apontar algumas questões que deveriam ser corrigidas nos próximos eventos (clique aqui para assistir a reportagem).

Minhas críticas:

- Ao contrário do noticiado em janeiro (imagem acima), identificamos a quantidade pífia de três motoristas no evento;
- O trajeto foi muito curto, de um quilômetro;
- Havia batedores dando cobertura aos ciclistas, que ocuparam toda a pista. Situação muito longe da real, daquela que enfrentamos diariamente.

A Associação de Ciclistas da Ilha

A Ilha do Governador possui uma associação, formalmente constituída, que tem como objetivo representar os ciclistas da região. Entretanto, as lideranças da entidade são pessoas que não acompanham as discussões sobre mobilidade e desconhecem a diferença entre as estruturas cicloviárias básicas, como ciclovia, ciclofaixa, ciclorrota e faixa compartilhada. Quando vejo alguns deles dando entrevistas, fico com vergonha alheia.

Um exemplo deste desconhecimento é sobre a faixa pintada na Praia da Bica. Aquilo é uma faixa compartilhada, ou seja, pode ser usada tanto por ciclistas quanto motoristas. Ela serve para reforçar que a preferência é da bicicleta, mas, na ausência dela, os carros e ônibus podem por lá trafegar. Mas não é esta a percepção da associação, que replicou erroneamente o pensamento expresso abaixo:

Isso não é uma ciclovia e não há nada de errado em ter um ônibus trafegando por ela, visto que nenhum ciclista está passando por ali

Também não concordo com outras posturas da associação, que quando procurada pela mídia costuma atacar o Anel Cicloviário ao invés de tentar angariar a simpatia da população da Ilha por ele. Além disso, se omitem quando acontecem colisões. Um ciclista morreu atropelado por um ônibus e tudo que fizeram foi um minuto de silêncio antes do passeio mensal. A mesma coisa quando os atletas da equipe de ciclismo da Portuguesa foram atropelados no Fundão. A associação nada fez, suas atividades se resumem ao passeio mensal que sai do Cocotá.

Depois que dei a entrevista para a Globo News, o presidente da ACIG me interpelou, dizendo que se eu tivesse falado alguma bobagem ele iria mandar parar a gravação. Na hora não percebi, mas quem foi que outorgou a ele o direito de monopolizar as opiniões sobre o assunto? Por qual motivo ele acha que pode cercear o que eu penso sobre o assunto? Deveria ter dado a resposta na hora, mas só percebi percebi o absurdo que ele me disse. Enfim, coisas que acontecem.

A iniciativa foi ótima, mas espero que as próximas sejam melhores.