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domingo, 14 de agosto de 2022

Dim Sum Rio

Dim Sum Rio

Imagina um restaurante chinês de filme ou de um daqueles canais do Youtube que o Casimiro costumar reagir. Assim é o Dim Sum Rio, em Laranjeiras. Localizado nos fundos de um outro restaurante, dentro de um beco, com pequena cozinha a mostra através da janela de vidro, decoração tradicional e poucas mesas, o lugar é um charme.

Os pratos principais do cardápio possuem quatro opções (vegetariano, porco, frango e camarão), além das gyozas de diversos sabores (lá chamadas de dim sum), que podem se fritas, cozidas no vapor ou assadas, entre outros itens.

Começamos com três sabores de dim sum no vapor, servidos dentro da panela de bambu onde são cozidos. São incríveis, sabores completamente diferentes dos temperos que estamos acostumados a comer por aqui. Acompanham três molhos que podem ser comprados para levar para casa, com destaque para o de pimenta doce.

Dim sum no vapor

Para os pratos principais pedimos um frango general tso (arroz com pedaços de frango temperados com molho agridoce e laranja) e um kung pao de porco (mix de pimentões, molho agridoce apimentado, amendoim, cebolinha, gengibre, alho e arroz basmat orgânico).

Kung pao de porco

Frango general tso

Para sobremesa fomos de fu hsing, um bolo de chocolate recheado com creme de avelã. Na hora não liguei o nome a pessoa, mas creme de avelã é nutella. Vem com uma massinha crocante de arroz para mergulhar no recheio.

Não tinha refletido muito sobre o doce, pedi no impulso porque vi na mesa ao lado. Normalmente jamais pediria alguma coisa com nutella, acho uma opção gastronômica preguiçosa, além de ser um ingrediente ultraprocessado, coisa que evito, mas estava bem gostoso.

Avelã e chocolate não são ingredientes tradicionais chineses, mas obviamente eles não têm obrigação de servir apenas pratos tradicionais.

Fu hsing (bolinho de chocolate recheado com nutella e uma folha crocante de arroz)

Voltarei?

Com certeza não. O restaurante é muito charmoso, a comida é gostosa, a equipe é simpática (apesar de estar muito atrapalhada no dia que fui), mas o preço não vale, duzentos reais é muito dinheiro (com uma coca e uma cerveja long neck). Pago isso em outras casas mas saio com o buxim cheio. O bolso do trabalhador aqui não aguenta morrer em duas garoupas e sair com fome.

O frango general tso é uma pequena cumbuca de arroz com alguns pedaços de frango. Custa cinquenta reais (com os 10%). Não é o lugar para sair com a barriga cheia, exceto se você estiver com tempo livre e a carteira cheia.

Tive que amassar um whopper no BK na volta para casa para matar a fome (sério).

Me falaram de um chinês na Tijuca que é bem em conta. Conto depois que visitar.

Os dim sum vieram na panela de bambu com três molhos incríveis

Cardápio completo abaixo.








segunda-feira, 1 de agosto de 2022

The Slow Bakery

O pão é, basicamente, água e a farinha. Antes da invenção dos fermentos industrializados, a fermentação deste que é um dos alimentos processados mais antigos do mundo era feita de forma natural: uma mistura desses dois ingredientes era deixada num recipiente por alguns dias, servindo de comida para microrganismos presentes no ar (bactérias e leveduras), cujo processo de digestão quebra os carboidratos dos cereais e cria gás carbônico. Depois de crescer, era levado ao forno.

O glúten, presente no trigo, é uma proteína que quando molhada fica elástica e infla como um balão com o gás carbônico gerado na fermentação, formando os buracos presentes na massa do pão.

Acredita-se que, há alguns milhares de anos, alguém esqueceu uma papa de farinha e água em algum lugar. Dias depois, ao encontrar a mistura que aumentou de tamanho e estava borbulhando, viva (literalmente, já que é uma cultura de bactérias e leveduras se alimentando), resolveu assar e criou o primeiro pão da história.

Mas o fato é que atualmente as lojas de pães de fermentação natural (pão de levain ou sourdough) estão se espalhando por aí, sendo uma alternativa àqueles que procuram uma alimentação com menos ultraprocessados.

The Slow Bakery é uma dessas casas, uma padaria artesanal que também faz uso de ingredientes de produtores locais, agroecológicos e, com exceção dos guardanapos, não utiliza descartáveis. O lugar é extremamente agradável, jazz tocando como música ambiente, funcionários solícitos e educados.

No cardápio, sanduíches (mistos, brioches, croissants e croques - um tipo de sanduíche francês levado ao forno), cafés especiais (quentes e frios), doces e algumas opções para almoço. No empório é possível comprar pães, vinhos e alguns outros produtos para levar para casa.

Pedimos um croque madame (um misto com um ovo por cima), um meio misto simples, um pingado, um mate da casa e uma rabanada de sobremesa. Deu R$107,80 e não saímos de buxim cheio.

Apesar do ambiente agradável, do sabor e da pegada local e sustentável, morrer em quase cinquenta reais em duas fatias de pão com queijo, presunto e ovo é demais para mim. E é pequeno, do tamanho de um misto de pão de forma de mercado.

Não acho errado cobrarem isso, a casa estava com fila e eu faria o mesmo se fosse o proprietário. Foi legal ter ido para conhecer, mas é pouco provável que eu volte, já que sou pobre e não sou o público-alvo do estabelecimento. Infelizmente comida natural e saudável ainda é privilégio.

Além do Botafogo, presente também na Lagoa e Leblon.

Croque Madame (quase cinquenta reais com os 10%)

Rabanada

Interior da loja de Botafogo

Interior da loja de Botafogo

Mate da casa (muito gostoso) e pingado (normal)


segunda-feira, 25 de julho de 2022

Steak Tartare do Bar Lagoa

Outro dia, a batata frita de Marechal Hermes ganhou o título de Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro concedida pelo governo do Estado. Diante deste feito, o jornal O Dia entrevistou algumas pessoas para saber, na opinião delas, quais outros pratos mereceriam tal honraria.

Eu aproveitei para ficar matutando sobre qual petisco eu escolheria e cheguei a duas conclusões: o pão de alho do Sat's e o steak tartare do Bar Lagoa.

Aproveitando o sábado de sol, fui pedalando até a Lagoa e dei a sorte de conseguir uma mesa na calçada. Sob as sombras das árvores e com o maciço da Tijuca ao fundo, pedimos o tartare, que é filé mignon cru moído na faca, misturado com diversos temperos (salsinha, pimenta do reino, cebola, mostarda escura) e uma gema de um ovo também cru (vídeo abaixo).


De especialidade alemã e inaugurado em 1934 com o nome Bar Berlim, a casa teve que mudar de nome durante a Segunda Guerra para evitar retaliações que estabelecimentos germânicos estavam sofrendo, inclusive com depredações. O Bar Luiz, na Rua da Carioca, então Bar Adolf, também teve que ser renomeado.

O predinho art déco de três andares na Avenida Epitácio Pessoa, uma das mais caras da cidade, teve que ser tombado pela prefeitura para evitar que ele fosse derrubado e que se levantasse um prédio no local, acabando com um estabelecimento tradicional do Rio.

Apesar da localização e do charme, nem é tão caro quanto parece. O chope por R$9,00 e o steak por R$82,00. A porção de gurjão de peixe com molho tártaro por R$54,00. Navegue pelo cardápio porque qualquer prato pedido ali é certeiro.

O Bar Lagoa fica na Av. Epitácio Pessoa, 1.674. Dá para ir andando do metrô (Praça Nossa Senhora da Paz).


Gurjão de peixe com molho tártaro

Steak tartare com torrada


segunda-feira, 18 de julho de 2022

Tacacá do Norte

Tacacá do Norte

Dentre as culinárias regionais, a do Pará é a que menos me apetece, mas para quem gosta o Tacacá do Norte é uma boa opção.

Fica pertinho do Largo do Machado e sentado no balcão você pode comer açaí, unha e casquinha de caranguejo, tacacá, sucos e sorvetes de frutas locais, além de comprar ingredientes como camarões secos, tucupi, peixes, doces, cachaça de jambu entre outros.

A unha de caranguejo é tipo uma coxinha, só que no lugar do frango vem carne do crustáceo temperada. Eu gosto mais do similar galináceo, achei o recheio sem sal. 

Já a casquinha de caranguejo é um pratinho só com o recheio da unha, sem a massa, com um pouco de farinha e uma concha marinha para decorar. Joguei bastante pimenta (feita com tucupi e de pouca ardência), mas mesmo assim deixei pela metade.

O açaí é gostoso. Pode vir com farinha ou tapioca e ser adoçado com açúcar ou xarope de guaraná.

O tacacá é um prato indígena servido numa cuia. Na base vai goma de tapioca, caldo de tucupi (líquido extraído da mandioca brava e cozido por cinco dias para tirar o 'veneno'), camarão seco e folha de jambu (erva amazônica que dá uma sensação de dormência na boca). Não pedi porque não gosto muito, mas custa R$35,00.

Só depois fiquei sabendo que a casa também possui um salão com opções de refeições e outros petiscos. 

Rua Barão do Flamengo 35 R - Flamengo
Instagram: @tacaca_do_norte


Recheio da unha de caranguejo

Unha de caranguejo (espécie de coxinha recheada com carne de caranguejo): R$15,00

Casquinha de caranguejo: R$35,00

Açaí 400ml: R$24,00

Tacacá do Norte

Tacacá do Norte


segunda-feira, 6 de maio de 2013

Barteliê


Não, o Barteliê não vende peixes. É a residência, bar e ateliê da artista plástica Tetê Capell, que abre as portas do seu apartamento para uma galera bem seleta. É na sala que acontecem festas, lançamentos de livros, peças de teatro entre outros eventos culturais. É lá também que ficam expostas obras de diversos artistas, como as miniaturas da Tetê, que retratam diversos ambientes, como a peixaria da foto acima.

Fica num prédio antigo e sem porteiro na Rua Vinícius de Moraes. Para entrar é preciso ligar para alguém que já esteja no apartamento ou tocar a campainha. Então, a chave desce dentro de uma cestinha amarrada num cordel. Ao entrar, devolve-se a chave.

O lugar é uma graça. Além de bebidas, crepes para matar a fome.

A Tetê é meio enfezada, então, se for fazer algum evento por lá, tenha total ciência dos termos para evitar problemas.

Fonte da imagem: www.decorativa.com.br

Fonte da imagem: www.decorativa.com.br


segunda-feira, 29 de abril de 2013

Bar do Zé na Glória


É nua rua estreita de paralelepípedos, pouco movimentada, aos pés da subida do Outeiro da Glória, que fica o Bar do Zé. O ambiente é nostálgico, com antigos casarões e um ar de Rio Antigo. O Zé não é conhecido pela sua simpatia, sujeito altamente desconfiado que só libera a cerveja com pagamento antecipado, mas vale muito a pena parar por ali e ver o tempo passar, bebendo uma gelada e proseando na calçada.

Muitas estantes de madeira com dezenas de garrafas de bebidas. Pé direito alto, algumas mesinhas no pequeno salão com duas entradas com batentes arqueados. Para comer, apenas alguns sanduíches. Isso é tudo que você precisa saber sobre o Bar do Zé.



Sala de espera na porta em frente aos banheiros

Bar do Zé
Rua Barão de Guaratiba, 49

domingo, 17 de março de 2013

Café da manhã no Forte de Copacabana

Café da manhã no 18 do Forte (fonte da imagem)
O Rio possui diversos lugares bacanas que merecem ser visitados de manhã cedo em um final de semana. Um exemplo é o Forte de Copacabana, e foi para lá que rumei para tomar café, de frente para o mar em um belo domingo de sol.

Além da Confeitaria Colombo, o café 18 do Forte oferece excelentes opções no cardápio, tanto para o desejum quanto para o almoço. O único problema é o tempo espera. Fila para conseguir mesa, demora para pedir, para chegar a comida, para pagar, sem falar do tempo para conseguir vaga para estacionar. É preciso muita paciência. Uma dica: já chegue alimentado e vá sem hora para voltar. O tempo de espera por uma mesa supera os sessenta minutos, sem contar as demais etapas do serviço. Vi muita gente indo embora com raiva e xingando.

O café para duas pessoas custa R$54 (sem os 10% - março de 2013) e vem com suco de laranja, uma bebida quente, cesta de pães, manteiga, geléia, frios, iogurte, frutas, mel e granola. Não é muita coisa, mas dá.

Se lá voltar, passarei antes no Hortifruti ou no Zona Sul para comprar sucos e sanduíches e sentarei na mureta do Forte ou na laje dos canhões, como muita gente costumar fazer. Além de desfrutar do visual, evita-se as aporrinhações com a demora, além de sair mais barato. Uma garrafa de vinho também é uma boa idéia. 

Em uma próxima ocasião irei La Bicyclette, no Jardim Botânico, uma padaria com pães artesanais, receitas antigas e assados na pedra com ingredientes de primeira, orgânicos e de pequenos produtores, sem gordura e açúcar.  Hummmmmmmmm

Entrada: R$6,00
Das 10 às 20h.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Triângulo dos Acarajés - Praça General Osório

Barraca da Nicinha e Alzinea e minha bicicleta

Por pouco a Praça General Osório, em Ipanema, não vira o quadrilátero do acarajé. Só faltou uma das pontas para cercar completamente o local com cheiro de dendê. Mas tudo bem, um triângulo já é mais que suficiente.

Todo domingo acontece a tradicional feira Hippie, com artesanato e quitutes para turistas. Mas, como meus leitores já sabem, o que me interessa mesmo são os famosos bolinhos de feijão fradinho recheados com vatapá, caruru, salada, camarões e pimenta. Sinto o cheiro de longe e fico parecendo o Pica-Pau com fome sendo carregado por aqueles braços de fumaça que saem das tortas e frangos assados.

Apesar de estar localizada numa feira para turistas, tradicionamente com preços superiores aos cobrados para os locais, o acarajé da Nicinha e da Alzinea custam R$7,00 e são mais bem servidos do outros que vejo por aí. Vem num desses potes para caldos com garfo e faca, tamanho a quantidade de recheio. Obviamente um não foi o suficiente, tive que traçar dois desses.

Acarajé da Nicinha e Alzinea
Além do acarajé, uma boa seleção de doces completam o cardápio. Também aproveitei para experimentar a empada de frango (R$3,00). Boazinha.

Empada de frango
Barraca da Nicinha e Alziena
Todo domingo na Praça General Osório

sábado, 9 de junho de 2012

Gringo Café

Gringo Café
Quando adolescente, achava que era comunista. Participei de diversas manifestações, acampei com os Sem Terra, reuniões de apoio às FARCs e ao Exército Zapatista, joguei pedra no McDonald's, respirei gás lacrimogênico e levei borrachda de PM. Não bebia Coca-Cola e tinha ódio mortal pelos Estados Unidos. O tempo passou, cresci e hoje tenho um fascínio pela terra do Tio Sam. A única coisa que continuo odiando é a política externa daquele país, responsável por guerras, fome e demais mazelas que atormentam o mundo.

Ainda não tive a oportunidade de conhecer Nova Iorque, mas farei isso um dia. Andarei de limosine na Quinta Avenida e assistirei musicais na Broadway. Depois cruzarei a Rota 66 num conversível com a mala cheia de drogas e casarei com a digníssima num cassino em Vegas. 

Não tem jeito, consumo altas doses de cultura estadunidense (me recuso a escrever americana), como filmes, seriados, programas de televisão, livros. Obviamente isso me influencia, fazendo com que eu tenha vontade de experimentar certas coisas. Já comi um balde de frango frito da KFC, experimentei hambúguer de churrasco do Burguer King e chocolate Kit Kat. Faço apenas uma vez, só para experimentar, por isso resolvi conhecer um típico diner que abriu em Ipanema.

Os diners são aqueles restaurantes que frequentemente aparecem em filmes, geralmente em beira de estrada e com poltronas encostadas na parede que servem várias mesas. Um californiano abriu o Gringo Café na Barão da Torre. Bolo de carne, sanduíche de pasta de amendoim, ovos com bacon, presunto e lingüiça, panquecas, waffles, sanduíche de rosbife, torta de maçã entre outros astros do Gilmore Girls estão no cardápio. Pedi um macarroni and chesse com café americano.

Macarroni ande cheese R$19,90

Café americano R$5,50
Macarroni ande cheese é um prato encontrado em quase todos os restaurantes e casas dos Estados Unidos. É, mais ou menos, como se fosse o nosso miojo, só que mais popular. O gosto é quase o mesmo, não passa de um macarrãozinho safado com cheddar.

O café americano é mais fraco, mas com refil. Você paga uma vez (R$5,50) e bebe o quanto quiser. Vemos isso nos filmes, o tempo toda passa uma garçonete com um bule na mão servindo a galera.

Quero voltar lá para experimentar um verdadeiro cheesecake.

Gringo Café
Rua Barão da Torre, 240 - Loja A - Ipanema

sábado, 2 de junho de 2012

Acarajés

Mais um domingo de sol com muitas pedaladas pelo Rio, desta vez passando por São Conrado e Lagoa, com paradas estratégicas para provar os acarajés do caminho.


Em São Conrado, num quiosque perto da área de pouso das asas e parapentes, uma baiana serve o quitute por R$8,00 (acima). Já na Lagoa (abaixo), a granada baiana custa R$10,00. Preços acima da média, no Centro custa entre R$6,00 e R$7,00.


Cada dia que passa tenho mais certeza que o acarajé da Ciça, Praça XV, é o  melhor do Rio, quiçá, até da Bahia.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Amarelinho da Via Ápia - Rocinha

A primeira vez que fua à Rocinha foi para conhecer a creche da Dona Dalva, pessoa que dedicou a vida às crianças daquela comunidade. Muito querida por todos, ouvi um pouco da fascinante história daquela favela diretamente de uma de suas primeiras moradores. Infelizmente Dona Dalva faleceu há poucos anos, mas deixou plantada centenas de sementes nos pequenos que atendeu.

Esta semana tive a oportunidade de ir na Rocinha novamente, mas desta vez parei para almoçar.


Digníssima é atriz e está em cartaz com o espetáculo Na Cola do Sapateado, Teatro Fashion Mall. Como sempre faço, coloquei minha bicicleta no carro e fui com ela, já que sobra algum tempo livre antes no início da peça. A programação era jantar no Shopping da Gávea, mas eu tinha esquecido os vouchers em casa. Resolvi, então, pedalar até a Rocinha para imprimí-los em alguma lan house. Alguma poucos centenas de metros separam o shopping mais metido a besta da cidade da maior favela da América Latina.

As ruelas da Rocinha, caóticas, com motos, pedestres e carros dividindo o espaço sem nenhuma ordem aparente, lembram os documentários que assisti sobre a Índia. Restaurantes (japonês, italiano, galeterias, self service, lanchonetes, PFs entre outros), agências de viagens, bancos, lojas de informática, gráficas, salões e uma infinidade de outros serviços e comércios oferecem quase tudo que uma pessoa pode precisar.

Num dos becos vi um restaurante japonês que, infelizmente, ainda não estava aberto. De uma porta de vidro dava para ver o interior, com algumas mesas de madeira e um balcão ao fundo. 

Depois de imprimir os vouchers, fui ao Amarelinho da Via Ápia, restaurante self service e à la carte. Dentre as várias opções, fiquei com o contrafilé com arroz, feijão e fritas.

Contrafilé com arroz, feijão e fritas do Amarelinha da Via Ápia


As porções em restaurantes populares são fartas. O bife, preparado na chapa, era enorme e estava bem selado, macio e suculento por dentro. Com uma garrafa de cerveja paguei R$26. Apesar de ser no pé da Rocinha, os preços não são tão baratos. 

Gostei bastante, semana que vem voltarei e experimentarei outra casa.

Naquele mesmo dia jantei com a digníssima no Shopping da Gávea. Ser carioca é isso.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Cachorro quente do Oliveira

Oliveira e sua carrocinha (fonte da imagem)
Depois de falar da Hareburguer, venho comentar sobre outra instituição carioca, o cachorro quente do Oliveira, também famoso e presente em diversas reportagens de TV, jornais, revistas e guias gastronômicos. Queria evitar escrever sobre esses personagens mais conhecidos, mas como estive lá semana passada, faço aqui um pequeno relato, até porque muitos dos meus leitores não o conhece.

Tenho ido todo final de semana para a Zona Sul com a digníssima. Enquanto ela trabalha, fico pedalando e conhecendo mais esta cidade. Num desses passeios fui até o Oliveira, que desde 1995 tem uma barraquinha de cachorro quente no Humaitá, em frente a antiga casa noturna Ballroom. Acreano, atende sempre com seu irretocável avental e chapéu de mestre cuca.

O sucesso é tanto que eventualmente é convidado por grandes empresas para falar para vendedores e executivos sobre qualidade e atendimento. Além disso, possui diversos clientes famosos, como artistas, esportistas e o milinário Eike Batista.

Cachorro quente do Oliveira e minha bike ao fundo
Com lingüiças e salsichas de qualidade e os tradicionais acompanhamentos (batata palha, milho, ovo de cordorna entre outros), são os molhos que dão o destaque ao cachorro quente. Entre as opções, barbecue, cheddar, mostarda com mel e roqueford. Custa R$6,50 (mar/2012). Também é possível pedir algumas lingüiças artesanais alemãs, por R$10,00.

Matriz
Rua Humaitá, em frente ao número 110
Todos os dias, das 18 às 4h

Filial Laranjeiras
Esquina da Rua Laranjeiras com a General Glicério

Segue reportagem feita pelo Hoje em Dia com o Oliveira.




quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Hareburguer



A figura acima é o Rafael. Ficou famoso vendendo hareburguer na Praia de Ipanema, um sanduíche totalmente vegetariano com carne de soja. No Youtube é possível assistir alguns vídeos feitos por banhistas que acharam curiosa a forma com que ele vende os sandubas. Com uma flauta, vai abordando possíveis clientes dizendo que veio de outra galáxia através de aparelhos psicotrônicos implantados em seu cérebro. Além disso, o hareburguer vem quentinho porque viajou na velocidade da luz, compacto e interdimensionado.

Diante destas e outras loucuras, já foi personagem de várias reportagens de jornais, foi entrevistado pelo Jô Soares (abaixo) e participou do Programa da Eliana (vídeo). Bati um papo com ele no lançamento do Guia Carioca da Gastronomia de Rua, publicação na qual também está presente.

Há pouco tempo abriu uma loja na Galeria River, em Copacabana. Além da versão tradicional, acrescentou outros sanduíches ao cardápio.



Outro dia saí de bicicleta com minha cunhada. Pegamos a barca no Cocotá e pedalamos da Praça XV até Copacabana, onde curtimos uma praia e comemos hareburgueres. Pedi um Shiiiiva Shiitake (shiitaki refogado no shoyo, tomates secos, mostarda e mel das abelhinhas felizes). Ela comeu o 7 Elementos (pão integral sete grãos, broto de trevo, pasta de soja e mini cenouras - foto).

Com carne de soja no forno, possui ingredientes poucos comuns mas bem gostosos. Particularmente, acho que ficariam bem melhores com um hambúrguer de picanha.

Hareburguer com shiitakes refogados no shoyo e honey mustard

- Tradicional: queijo cheddar, tomates, alface americana e mostarda com ervas finas;
- Hare Rock Shutbey mango´s Fly: queijo gouda, shutney de manga, castanhas de cajú e rúcula;
- Hare Saturno Astral Yin Yang: mussarela, tomates verdes fritos (como no filme) e abacaxis;

São baratos, o tradicional custa sete reais. Para beber, sucos e mate sem açúcar.

Saiba mais sobre o Rafael e como iniciou seu negócio das galáxias aqui.

Frente da loja na Galeria River

Hareburguer
Galeria River: Rua Francisco Otaviano, 67 - loja 36 e 37
Encomendas para festas e entregas em domicío: 2267-3681