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quarta-feira, 31 de março de 2010

Transporte no Rio de Janeiro

Pura verdade. O sistema de transporte no Rio é um caos que rende milhões para donos de empresas de ônibus e concessionários do metrô e Supervia.

Divulguem o vídeo abaixo. Sérgio Cabral está tentando proibir sua exibição na justiça.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Paranapuã

Outro dia li uma reportagem que mostrava que quase a totalidade das reclamações para as empresas de ônibus referem-se aos motoristas. O estado precário dos ônibus (vide a Paranapuã) e os horários incertos são pouco citados.

Não sei se esses dados são verdadeiros, principalmente se tratando das empresas que atendem a Ilha do Governador, como a Paranapuã, que trata os passageiros como gado, com exacerbada falta de respeito e serviços de péssima qualidade. Já comentei aqui em duas postagens (1 e 2).

Há muito tempo fiz uma reclamação direto com a ouvidoria da prefeitura. Um frescão sem ar-condicionado que acabava funcionando como uma sauna. Todo dia pegava o mesmo ônibus e saía dele ensopado de suor. Para minha surpresa recebi um retorno da ouvidoria, mas disse que não constataram nenhuma irregularidade. Das duas, uma: ou não fizeram averiguação porra nenhuma ou receberam um trocadinho para ficarem quietos.

Ontem resolvi reclamar novamente, desta vez com a empresa. O motorista sempre passa por fora do ponto, deixando as pessoas com os braços estendidos. Liguei para a Paranapuã e reclamei com o Wellington, que se mostrou muito prestativo e com vontade de verificar o ocorrido. Pediu para que ligasse novamente no momento da ocorrência, assim ele poderia enviar uma advertência para o motorista tão logo chegasse no ponto final. A advertência vem em forma de suspensão de três dias e demissão em caso de reincidência.

Você, amigo insulano, que é tratado dessa forma, não deixe de ligar: Telefone de reclamações da Paranapuã - 3501-4029.

Se não resolverem, fale com a ouvidoria da prefeitura.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Barcas para Ilha do Governador

Vez por outra, numa sexta-feira, costumo voltar de barca para Ilha do Governador. Compro umas cervejas na estação e vou bebendo no trajeto. A viagem é muito agradável e eu, particularmente, adoro essas barcas antigas, com espaços externos onde você pode sentir o vento e fumar uns cigarros. Quem não mora no Rio e cruza a baia de Guanabara numa barca fica encantado, passando por debaixo da ponte e vendo o quanto nossa cidade é bonita, ainda mais se tratando de um meio de transporte de massa, infelizmente pouco aproveitado.

As barcas que fazem o trajeto Praça XV x Niterói foram trocadas há poucos anos. Elas são mais rápidas, mas não possuem os espaços externos.

A estação da Ilha ficava na Ribeira e os jornais de bairro sempre faziam reportagens que “mostravam” que a população era a favor da transferência para o Cocotá. Jornais apenas mostram tendências, para uma apuração completa seria necessária uma pesquisa para verificar se realmente o número de passageiros aumentaria caso a estação fosse transferida. Não conheço os números, mas pelo que tenho observado as barcas estão voltando mais vazias para o Cocotá do que quando voltavam para a Ribeira. Uma empresa do porte da Barcas S/A não pode tomar decisões tão custosas (construção de uma nova estação) baseada apenas no achismo de jornalecos de bairro. Foi uma decisão errada e mostra muito bem como eles tratam a população.

Enfim, esse é apenas um dos problemas das barcas. Por mais que eu goste das embarcações antigas, a viagem dura quase uma hora. Se você somar o tempo gasto no trajeto até a estação, na espera da partida e na viagem dentro de uma segunda condução no bairro, a duração do percurso pode dobrar. Por pior que seja o engarrafamento, ainda é mais rápido voltar para Ilha de van ou ônibus.

Precisamos das mesmas embarcações que fazem o trajeto Praça XV x Niterói e de catamarans. Ouvi no rádio, vou apurar para ver se é verdade, que hoje começa a circular um catamaran para Ilha.

Tem mais: o metrô possui estações nas ruas, com trajeto coberto por ônibus e com a mesma tarifa. Esse serviço é chamado metrô na superfície e poderia muito bem ser aplicado também às barcas. Ônibus poderiam circular pela Ilha do Governador e levar os passageiros para as estações.

São apenas sugestões. Talvez a administração da Barcas S/A desconsiderem opiniões de jornalecos e passem a considerar opiniões de bloguerecos.

Abracetas, Izidoro.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Transporte público na Ilha do Governador

Há alguns anos o RJTV realizou uma enquete em todos os bairros da cidade para que seus moradores escolhessem o melhor e o pior de cada localidade. Até hoje não sei porque os cidadãos da Ilha do Governador elencaram o transporte como o melhor do bairro. Minha perplexidade vem dos seguintes pontos:

A Ilha do Governador só tem uma saída e uma entrada. Se um gato mijar num poste na Estrada do Galeão, o bairro para, não tem para onde ir.

O duopólio no transporte nos ônibus. A Paranapuã é um exemplo de total desrespeito ao cidadão, oferecendo veículo de péssima qualidade e em poucos horários. Já peguei o 910 onde era impossível conversar tamanho o barulho que aquela banheira fazia, sem falar na tremedeira que obrigava os passageiros a se segurarem com força para não caírem. Também já viajei 322 em dia de chuva, com tantas goteiras que poucas pessoas conseguiram um lugar seco para sentar. A Ideal é um pouco melhor, está dentro do padrão dos outros bairros.

Hoje fui para o ponto final no Castelo e fiquei quase uma hora esperando o frescão. Desisti e peguei a barca. As pessoas na fila já estavam perdendo a paciência, reclamando uns com os outros e com o fiscal. O fiscal, coitado, não tem nada a ver com isso, não merece ficar ouvindo desaforo. O problema está no filho da puta do dono da Paranapuã. Nem se a mãe dele dependesse da merda do transporte que ele oferece esse cidadão faria alguma coisa.

A história da humanidade é cheia de história de povos reprimidos que tomaram a rédea da situação e conseguiram grandes avanços para seus pares. Fim de ditaduras absolutistas, a queda da Bastília, fim de regimes escravagistas entre outros casos. Diante disso, sugiro aqui como o problema de transporte na Ilha (ou qualquer outro problema em qualquer outro lugar) pode ser solucionado.

1º passo: Reclame com a empresa. Obviamente não vai adiantar nada, os empresários conhecem muito bem a situação.

2º passo: Já que reclamar com a empresa não resolveu, procure o órgão público competente. Trabalhei numa empresa no Centro e todo dia pegava o mesmo ônibus, mas o ar condicionado não funcionava. Nunca funcionou, em pleno verão. Vez por outra ocorria um início de motim entre os passageiros, reclamações e ameaças, mas ficava nisso. Diante disso, mandei um e-mail para ouvidoria da prefeitura relatando o caso. Impressionantemente me responderam dias depois, informando que uma vistoria tinha sido feita e que nenhum problema foi constatado, mas claro, eu continua pegando o mesmo ônibus e o ar continuava sem funcionar. Das duas uma: ou não fizeram vistoria e me mandaram uma resposta qualquer ou os funcionários da prefeitura estão no bolso das empresas de ônibus. Nem vou me dar ao trabalho de perguntar o que você acha.

As empresas de ônibus são os maiores contribuintes nas campanhas municipais, por isso essa zona no Rio. Nada de incentivar o uso de bicicletas, o transporte marítimo ou integrações decentes. Todas as políticas públicas de transporte devem levar em conta primeiramente os lucros astronômicos das empresas.

3º passo: Já que o primeiro e segundo passos não funcionaram, queimem um ônibus por dia até que a situação se resolva. E acredite, vai resolver. A parte mais sensível do corpo humano é o bolso.

Existe uma história verídica, até virou filme, ocorrida nos Estados Unidos que mostra como os negros daquele país resolveram um grande problema nos transportes. Não lembro os personagens nem o ano aproximado, mas a história é a seguinte: os negros não podiam entrar pela frente nos ônibus. Entravam, pagavam, desciam e subiam pela porta de trás. Além disso, tinham que ceder o lugar toda vez que um branco não tinha onde sentar. Diante de tal humilhação, todos os negros resolveram simplesmente não andar mais de ônibus. Os empresários, sentindo no bolso o resultado do protesto, mudaram as regras e concederam os mesmos privilégios a todos os passageiros, brancos ou negros.

É claro que você não vai voltar do Centro para Ilha do Governador andando, mas ao destruir um ônibus por dia o efeito vai ser o mesmo.