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segunda-feira, 5 de abril de 2010

Paixão de Cristo 2010


Depois da apresentação da Paixão de Cristo, já relaxado e bebendo umas cervejas dentro da Igreja, o Bruno disse que queria ver o que eu iria escrever sobre o espetáculo aqui no Ilhados. Parei e percebi que ainda não tinha pensado em um texto, não sabia quais seriam meus comentários.

Entrar no palco faz seu corpo produzir uma quantidade de hormônios e outras substâncias que seriam impossíveis serem produzidas de outra forma, talvez apenas com uso de drogas. Algumas pessoas ficam viciadas com isso. A profusão de sensações também é absurda: ansiedade, medo, preocupação, êxtase, felicidade entre muitos outros.

Foi sensacional, as pessoas envolvidas são maravilhosas, tudo foi uma grande festa. Cada um saiu de lá com várias histórias para contar, coisas que saíram erradas e fatos engraçados.

Casos que aconteceram comigo: eu iria ser um dos apóstolos na santa ceia. Momentos antes de entrar em cena, procurei desesperadamente meu banco e não achei. Pânico. Fiquei naquela dúvida, entrar ou não entrar. Caso entrasse, teria que ficar ajoelhado, já que estava sem o banco. Se não entrasse, faltaria um apóstolo. Não entrei. Felizmente os doze discípulos estavam lá. Alguém, de última hora, resolveu ser um dos apóstolos e entrou no meu lugar.


Também fiz Barrabás, iria entrar arrastado por um soldado depois da ordem de Pilatos, interpretado pelo Domingos. Pilatos dá a ordem, o soldado, que já estava no palco e deveria me pegar sai pela coxia e vai embora, descendo as escadas. Fico sem saber o que fazer: entrar sozinho ou esperar o soldado voltar e me puxar? Ficou aquele climão, Jesus, Pilatos e outro soldado sem saber o que fazer. Pilatos dá novamente a ordem. Nada acontece. Já desconcertado, fala baixinho mas o som é captado pelo microfone: Barrabás, porra! O outro soldado entrou e me carregou para cena.

Essas são apenas algumas das minhas histórias. Cada um saiu de lá com muitas outras para contar.

Ano que vem tem mais.

Atualização (abr/10): Depois da apresentação fomos ao Pontapé Beach, na Ribeira. O ator que interpretou Jesus, Sandro Maciel, vai passar 6 meses trabalhando num musical no Beto Carreiro World e aproveitamos para fazer um despedida.

O Pontapé continua com aquele atendimento horroroso.

4 comentários:

  1. Eu Fui !! Muito Legal, cada ano melhora um pouco e aumenta o público. Isso é sinal de que precisa fazer projeto p/ Lei Rouanet para o próximo ano. 

    Lembre-se que outras iniciativas como esse, pelo país afora, estão virando eventos fixos, nos calendários das cidades. E a cidade pernambucana de Fazenda Nova vive o ano inteiro para fazer sua encenação, a maior do mundo.

    Enfim, promete !   

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  2. Grande Gógol,

    Que bom que você gostou. Foi o primeira ano que participei.

    O produtor responsável pela montagem está querendo parar de fazer a Paixão, por motivos profissionais. Não sei como vai ficar ano que vem.

    Abraços.

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  3. Olha que você não viu o Barrabás.

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