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domingo, 20 de junho de 2010

Consulta com Guia Espiritual

Como contei nesta postagem, fui num núcleo espiritualista e identifiquei diversos sinais que tiravam a credibilidade das práticas lá adotadas, como a psicografia e desobsessão. Também contei que tentei fazer uma consulta com meu guia espiritual, mas, como tinha esquecido o cartão, não pude ser atendido.

Pois bem, na semana seguinte voltei ao núcleo e consegui fazer a consulta. Depois de pegar um número e aguardar minha vez, fui recebido pelo diretor que, supostamente, ouve o que os guias falam e intermedeia a comunicação.

O cara é muito bom, pegou tudo que eu disse no início e usou contra mim.

Ao chegar, ele perguntou o que eu queria. Respondi que era a primeira vez que realizava tal consulta e que estava buscando algo para minha vida. Também disse que queria saber o que meu guia tinha para dizer, algum conselho ou orientação. O médium a cabeça, colocou a mão na testa e fechou os olhos. Depois tapou o ouvido com o dedo, como que para entender melhor o que o espírito lhe dizia. Confesso que tive vontade de rir, mas mantive a seriedade.

Segundos depois ouvi dele o que meu guia falou. Disse que eu era uma pessoa boa, mas minha vida estava daquele jeito por não ter religião. O fato da minha vida não sair do lugar apesar dos meus esforços também era atribuído a isso. Ele pediu para eu continuar com o tratamento no centro que muito em breve começaria a ver os resultados positivos.

Como disse que era a primeira vez que fazia a consulta e estava buscando algo a mais na minha vida e algum conselho, ele supôs que eu não tinha religião e que estava passando por dificuldades.

Perguntei se meu guia espiritual ficava comigo o tempo inteiro e tive uma resposta positiva. Caso a encenação que presenciei realmente fosse verdadeira, o tal guia saberia que em nenhum momento eu estava acreditando naquilo, já que sempre deixei claro em diversas ocasiões em conversas com amigos. Se ele me acompanhasse o tempo todo, conforme me foi informado, saberia das minhas reais intenções com aquela experiência.

O que nunca ficarei sabendo é se o a pessoa que me atendeu realmente ouve vozes, o que indicaria um caso de esquizofrenia, ou se ele faz aquilo sabendo que é uma farsa.

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