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domingo, 13 de novembro de 2011

#cicloativismo

Impressionante como é fácil escolher uma personalidade disponível no mercado e assumi-la em poucos cliques. Em 30 minutos eu comprei uma bicicleta, li meia dúzia de páginas na Wikipedia, curti outras duas no Facebook, assinei o feed de um blog e já estava me sentindo um cicloativista, pronto para dar entrevista para o RJTV e falar sobre mobilidade sustentável, massa crítica e os problemas de locomoção no Rio de Janeiro.

Muito mais que comprar uma bicicleta, comprei um estilo de vida, uma causa para defender e, principalmente, vontade de voltar a pedalar e praticar uma atividade física. Espero que essa nova situação fique, que não seja tão efêmera quanto a facilidade em vestir esta nova máscara.

Bicicleta Blitz Alloy na caixa

Bicicleta Blitz Alloy montada

Estou curtindo muito minha nova bicicleta dobrável. Cabe na mala do carro e já carreguei dentro do ônibus. Quando minha digníssima vai trabalhar na Gávea, vou com ela e fico dando voltas na Lagoa. Também coloco a bike na barca e vou para o trabalho no Centro. Gravei uns vídeos das minhas pedaladas e vou colocando aos poucos aqui.

É uma Blitz Alloy com seis marchas. Pesa 12,5 kg e comprei pela internet por R$900,00. Durante um breve rompimento, tracei algumas metas para minha nova vida de solteiro e uma delas era voltar a pedalar. Em pouco tempo perdi peso e estou com uma aparência muito mais saudável.

A Blitz não é o melhor modelo do mercado, existem outras que ficam menores e são mais leves, facilitando muito o transporte. Mas, além de ser nacional, tem um preço acessível. A estadunidense Dahon, por exemplo, custa o mais que o dobro do preço. Existe uma outra que fica absurdamente pequena, mas só pode ser usada para trajetos curtíssimos, já que a roda também é muito menor.

As bikes dobráveis não são novidade. Quando eu era criança pequena lá em Barbacena, herdei uma Monark roxa do meu irmão. No meio do quadro tinha uma tarracha parecida com as utilizadas em registros d'água, como a da foto abaixo:


De poucos anos para cá elas voltaram com força. Mais leves e menores que seus modelos anteriores, são cada dia mais comuns nas ruas da cidade. A tendência é aumentar o uso de bicicletas como alternativa de trasnporte, não apenas como lazer e exercício. A prefeitura está sinalizando algumas medidas para incentivar seu uso, inclusive na Ilha, com a dotação orçamentária para o anel cicloviário, fruto da militância do Ubiker, Sérgio Ricardo, da Associação dos Ciclitas da Ilha entre outros.

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