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sexta-feira, 13 de abril de 2012

Sobre a soja

Depois do carnaval do ano passado, resolvi perder peso. Olhando as fotos, percebi que não dava mais para continuar daquele jeito. Nunca fui gordo, mas estava com uma barriga saliente e hábitos não saudáveis, e meu corpo cobraria se continuasse me alimentando de forma errada e sem praticar exercícios físicos.

Desde então comecei a fazer pequenas mudanças. Inicialmente deixei de comer dois acarajés da Ciça na sexta, depois deixei de comer dois pastéis da feira. No almoço, abandonei a pensão da Tia e passei a ir a um quilo. Em agosto comprei uma bicicleta e cada dia que passa adoto mais um novo hábito. Agora, tenho consumido bastante soja no lugar da carne. Estou fazendo diversas receitas, que com arroz, macarrão e pães integrais me fornecem a proteína e fibras que preciso com pouca gordura.

Mas com o plantio da soja vem o desmatamento da Amazônia, grilagem, violência, mortes, conflitos. Pequenos agricultores que se recusam a vender suas terras para a agroindústria são assassinados e suas casas são incendiadas. Com as madereiras e a pecuária, a soja é campeã em trabalho escravo e assassinato de trabalhadores.

Muitos dos produtos que consumimos são fruto de algum tipo de exploração. Calçados na Nike, camisetas da GAP, brinquedos da Disney e iPhones são apenas alguns exemplos, que utilizam trabalho semi-escravo em países em desenvolvimento. Frutas e legumes com agrotóxicos, carne com anabolizantes.

É minha gente, tá difícil.

O documentário abaixo fala sobre a soja e todas as mazelas que sua plantação tráz para a natureza e os trabalhadores da Amazônia.


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