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sexta-feira, 16 de maio de 2014

Nada me atrai mais que o ócio


Um amigo foi com a esposa para a Ilha de Páscoa e logo na chegada comeu em um restaurante delicioso. Quis voltar nos dias seguintes mas encontrava o estabelecimento sempre fechado. Só quando estava prestes a embarcar de volta descobriu o motivo: a família que geria a casa só trabalhava quando precisava de dinheiro.

Esse para mim é o melhor dos mundos, mas não posso reclamar. Adoro tudo que faço para ganhar dinheiro e trabalho com aquilo que estudei, entretanto, nada me atrai mais que o ócio. Nada me dá mais prazer do que ter tempo livre para ler, cozinhar, pedalar, correr, frequentar os botequins sujos da cidade e dormir.

Por conta disso escolhi levar uma vida simples. Trabalhar em um lugar que não arranca meu couro e perto de casa, com rendimentos suficientes para pagar o aluguel de uma casinha no Morro da Conceição e para que eu possa beber toda cerveja que tiver vontade de beber. Meus luxos são um vinho vez por outra e alimentos orgânicos.

Correr no Aterro de manhã, almoçar em casa e resolver toda a vida de bicicleta é um privilégio para poucos, e sou muito feliz dessa forma. Essa obsessão pelo acúmulo de riquezas e ostentação não é o que procuro, tampouco trabalhar alucinadamente para conquistar status. Um dos motivos é poder cuidar da minha saúde, já que as principais causas de mortes no Brasil estão ligadas à doenças com origem na alimentação e na falta de atividades físicas. A vida é importante demais para ter uma rotina que me impeça de dar a devida atenção a isso.





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